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Problemas vêm, problemas vão...

Começar a escrever sobre um dia que envolve muitas coisas do passado não é fácil porque nem sempre sabemos por onde começar. Talvez falando sobre uma complexa manhã, onde meu irmãozinho foi parar no hospital por conta de uma sinusite seja uma opção, ou então comentar sobre a manhã da minha namorada que foi estragada pela péssima bagunça que se tornou a relação entre ela, o irmão e os pais, quem sabe...

De fato, ultimamente os problemas externos têm me dominado mais que os meus próprios. Me considero com sorte por conta disso, apesar de que me concentrar nos outros as vezes me faz devagar sobre eu mesmo, como ficou provado hoje a noite. Veja bem, ir ao trabalho é sinônimo de encontrar a minha ex-namorada, que luta para continuar com a amizade que havia entre nós antes do relacionamento, mas mesmo assim ainda escorrega na atração que sente por mim, e por isso eu preciso tomar cuidado com o que digo, o que faço e onde toco, para não causar pensamentos ou idéias. Além disso, tenho a nítida impressão de que uma companheira de trabalho está começando a confundir nossa relação amigável com outra coisa a mais, mesmo sabendo que eu tenho namorada e, o que é pior, essa garota é alvo das intenções amorosas de um amigo. Sendo assim, preciso guardar os meus conhecimentos para mim, para não ferir ambos, o que se torna pesado com o passar dos dias, até porque nada ficou claro ainda (entendem agora o porquê de um blog para desabafar?).


Adicionando a isso um pouco mais de emoção, tem a minha namorada que ainda não conseguiu terminar oficialmente com o (agora posso dizer) ex, e que está enfrentando uma paranóia psicológica em casa com o irmão manipulando os pensamentos de seus pais contra ela e a irmã, tentando ficar um "santo" diante dos olhos dos patriarcas enquanto tenta culpar as garotas e uma amiga por te-la arrastado para a cama, como se as irmãs fossem responsáveis por ele ter transado com a tal amiga. E ainda sobrou para mim, já que o canalha ainda teve a indecência de me ameaçar se eu aparecesse na casa dele. Em suma, o cara simplesmente está apontando para todos os lados as culpas que não é homem o suficiente para assumir, fazendo todos à volta sofrerem. Mas ele não perde por esperar, porque ele não deveria ter mexido com um homem inteligente. Ele me paga... Mas divago.

Complementando as complicações, ainda tem o fato de meu pai estar a quilômetros de distância, me deixando em uma situação de preocupação e inconsciência do que ele está passando e sentindo (e sinceramente, eu gostaria de ligar todo dia, mas o interurbano ficaria uma nota...).

Por que eu disse que essas coisas eram do passado, você deve querer saber. Eu digo: tudo que está acontecendo é simplesmente uma repetição de coisas que já passei. Por exemplo: ficar sozinho em casa e muitas vezes responsavel por alguem doente, tendo que deixar as coisas serem resolvidas por outras mãos que não as minhas porque simplesmente não é minha absoluta responsabilidade... Já passei por isso com meus pais; brigas na família entre irmãos que envolve falta de cumplicidade e ciúmes, onde uma pessoa não é vista como deveria porque a outra manipula os pensamentos... Vivi isso durante o meu primeiro namoro; pessoa distante que precisava de companhia, à qual deixei de lado para poder lutar pela minha vida... Também passei por isso no meu primeiro namoro. Claro que para cada situação são pessoas diferentes, mas as semelhanças são claras. E para completar, essas coisas vêm se repetindo nos fatos atuais: não é a primeira vez que meu irmão vai parar no hospital por questão de doenças que necessitam de tratamento; não é a primeira vez que acontece um raxa na família de minha atual namorada, com um irmão para cada lado e os pais do lado do "homem"; não é a primeira vez que fico distante e preocupado com meu pai, só que nos casos anteriores minha mãe ainda estava viva, mas eu me preocupava da mesma forma com ambos...

Bom... E eu?

Vejamos: eu só gostaria de ter uma companhia por alguns minutos, o que ficou claro à minha namorada hoje. Eu só preciso disso: de carinhos, de uns beijinhos para relaxar de um dia de trabalho e de tensões. Sou uma amante convícto, que sou apaixonado por minha namorada e a quero muito, a desejo muito, seu beijo, sua mão no meu rosto e no meu corpo. Todos temos nossos problemas, mas eu não vejo forma melhor de nos abstraírmos nem que seja um minuto deles para aliviarmos a barra do que com um bom e gostoso amasso. Mas muito mais do que o contato físico, eu preciso da PRESENÇA da pessoa, sentir que ela está ao meu lado nem que seja um minuto sequer só pelo fato de estar comigo, de falar, de me sentir, de me fazer companhia, porque é exatamente isso que eu gosto de fazer, estar ao lado simplesmente pelo fato de ser a companhia e estar ali, presente na vida e na existência.

Mas é preciso deixar de lado as próprias vontades de vez em quando para lembrarmos que as pessoas são diferentes umas das outras, seja no passado, seja no presente.

Eu gosto de botar para ferver, mas ultimamente ando muito apagado, porque tá faltando lenha, e a que eu realmente sinto prazer em queimar está meio molhada... Mas eu sou teimoso o suficiente para continuar queimando até o fim!

Só o resultado que não é muito legal. Ficar aqui cheio de tesão, angustiado pelos problemas à minha volta e não ter como aliviar isso. É por isso que muitos caras se masturbam, viu... Eu, particularmente, preciso sujar minhas mãos nas cordas metálicas do meu violão e do meu contra-baixo... Mas admito: venderia os dois só pelo prazer de umas horinhas no corpo quente e maravilhoso da minha namorada, pra me ajudar a envanecer minha mente de problemas dos outros e meus, do passado e de hoje.


(postagem original do dia 27/05/2010)



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